São Paulo, domingo, 9 de outubro de 1994
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Silva trabalhou na Rota por oito anos

DA REPORTAGEM LOCAL

Cirineu Carlos Letang da Silva era soldado da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar). Ele trabalhava havia oito anos na PM quando foi preso em abril de 93 sob a acusação de matar três travestis na Lapa (zona oeste de SP).
O crime aconteceu no dia 13 de março do ano passado. Cirineu teria saído do quartel da Rota e ido para a Lapa em seu Fusca.
Além de atirar no rosto de suas vítimas, Silva teria decepado o órgão genital de uma delas. A placa de seu carro teria sido anotada por uma testemunha, que a entregou à polícia.
Silva foi expulso da PM. Ele negou o crime e disse que apenas passou pelo local das mortes com seu carro. A polícia não achou a arma usada no crime.
Casado, o ex-PM ainda foi acusado de mais dois assassinatos de travestis em São Paulo, no Tatuapé (zona leste).
O ex-PM também responde a processo por ter participado em 2 de outubro de 92 da morte de 72 dos 111 presos assassinados pela tropa de choque da PM no pavilhão 9 da Casa de Detenção.
Silva alegou ser inocente das três outras mortes de travestis e disse ter agido em legítima defesa na Casa de Detenção.

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