São Paulo, domingo, 9 de outubro de 1994
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Campinas vive 78 dias de estiagem

DA FOLHA SUDESTE

A estiagem prolongada na região de Campinas (99 km a noroeste de São Paulo) provocou o racionamento de água em oito cidades, atraso no plantio das culturas de verão, uma quebra de 30% nas safras de café e laranja para 95 e na atual produção de leite.
A estiagem agrícola completa hoje 78 dias. Para o preparo do solo são necessários 50 mm em dois dias de chuvas consecutivas, segundo o diretor do Cepagri (Centro de Pesquisas em Agricultura) da Unicamp, Hilton Silveira Pinto.
Segundo ele, as chuvas do dia 30 de setembro e da última segunda-feira chegaram a 7,4 mm. A região não registrou chuvas de 25 de julho a 30 de setembro, o maior período de seca desde 1988, quando não choveu durante 81 dias.
As chuvas também não minimizaram o problema de abastecimento na região. O racionamento atinge Casa Branca, Hortolândia, Sumaré, Águas de Lindóia, Nova Odessa, Itu, Cordeirópolis e Santa Bárbara D'Oeste.
Em Sumaré e Cordeirópolis, as prefeituras decretaram estado de emergência por causa da falta de água. Em Hortolândia, as atividades de 3.000 alunos de 15 escolas municipais estão suspensas há 20 dias pelo mesmo motivo.
O nível de água das represas dessas cidades caiu, em média, para 50% da capacidade total. Há casos em que a queda foi de 80%.
A assessoria de imprensa da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) informou que o nível de poluição do rio Piracicaba aumentou em 50% com a estiagem prolongada.

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