São Paulo, domingo, 9 de outubro de 1994 |
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IBM prevê novo perfil para os bancos
RODNEY VERGILI
Antonio de Castro Figueiredo Filho, diretor de operações da IBM Brasil, diz que se o país está interessado em atrair capital estrangeiro terá que abrir suas fronteiras. A IBM investiu US$ 35 milhões para oferecer aos clientes brasileiros uma rede de troca de dados, interligando comunidades de negócios de 120 países. A empresa pretende abocanhar pelo menos 40% do mercado de automação bancária no Brasil. Essa é a participação que a empresa possui no sistema de automação financeira nos EUA. A IBM Brasil faturou US$ 1,6 bilhão em 93. Um terço da receita veio das operações (venda de equipamentos, programas e serviços) para instituições financeiras. Este ano, a expectativa é de queda no faturamento com o sistema financeiro brasileiro, de US$ 500 milhões em 93 para US$ 400 milhões em 94. Mas, segundo Figueiredo, os bancos já estão se preparando para a globalização da economia. Os produtos da época inflacionária estão se tornando obsoletos e as instituições deverão apresentar novas propostas para atrair clientes e melhorar a qualidade e agilidade no atendimento. A concorrência entre as instituições financeiras será cada vez mais acirrada e a tecnologia da informação ganhará mais importância nos próximos anos, diz. A instituição terá que integrar todas as operações do cliente através de um banco de dados ágil, a fim de não perder a oportunidade para um concorrente. Para disputar este mercado em expansão, a IBM está contratando executivos do sistema financeiro como seus novos consultores. Figueiredo Filho diz que a expectativa da IBM é que os bancos procurem investir mais em programas de computador do que em novos equipamentos. Hoje, a parte de equipamentos representa 65% da receita da IBM na área financeira e o restante é software (programas) de serviço. Nos próximos três anos a divisão deve ser meio a meio. Como exemplos de investimentos recentes do mercado financeiro, Figueiredo cita: o Unibanco que oferece equipamentos IBM para uso de seus clientes e facilita o financiamento da compra. O Banestado (Banco do Estado do Paraná) que fez um contrato de US$ 2 milhões com a IBM para automatizar 70 agências e 120 postos de atendimento. No caso do Banco Dibens, houve a automação de agências, cadastro de clientes, tecnologia e sistema de informação gerencial. Seguradoras brasileiras como a Marítima e a Real estão começando a investir em transferência de imagem de documentos, o que agilizará o pagamento dos sinistros. Texto Anterior: Como pagar quota em atraso Próximo Texto: Norma ISO 9000 não deve ser `camisa-de-força' para empresas Índice |
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