São Paulo, quinta-feira, 13 de outubro de 1994
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Excesso de público faz Bienal fechar mais cedo

DA REPORTAGEM LOCAL

A direção da 22ª Bienal Internacional de São Paulo decidiu fechar as portas do prédio que abriga a exposição por volta das 19h de ontem –e não às 22h, como planejara. Motivo: o excesso de público.
O primeiro dia do evento atraiu cerca de 10 mil visitantes –cinco vezes mais do que calculavam os organizadores. O horário de funcionamento da Bienal hoje será das 10h às 22h.
Com 30 mil m2, o prédio da Bienal fica no parque Ibirapuera (zona sul) e tem capacidade para comportar simultaneamente 5.000 pessoas. Ontem à tarde, por volta das 15h, 7.000 se espremiam dentro do edifício, segundo a Fundação Bienal.
Temendo acidentes e a danificação de obras, a organização fechou as portas do prédio e evacuou o público pouco a pouco.
Pelo menos uma instalação sofreu estragos. Foi a do artista plástico Nuno Ramos. Batizada de ``Macula I", é formada por seis esculturas, duas canetas de cobre com cerca de 2,5 metros de altura e paredes cobertas de inscrições em braile.
Pedaços de parafina que compunham uma das esculturas se descolaram com o toque de visitantes.
No parque, o movimento foi o maior registrado este ano em um feriado. A estimativa é de que mais de 300 mil pessoas tenham aproveitado o dia de sol para passear no parque –o movimento médio em fins-de-semana é de 200 mil pessoas.
A Guarda Civil Metropolitana teve muito trabalho com o acentuado número de crianças perdidas –cerca de 500 até o fim da tarde. ``Raramente os pais colocam crachás com nome e endereço nas crianças, o que facilita nosso trabalho", disse o comissário de menores Edson Martins.

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