São Paulo, segunda-feira, 17 de outubro de 1994
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Diminui procura pela urgência

DA SUCURSAL DO RIO

A divulgação da crise no Souza Aguiar provocou uma diminuição no número de pacientes que procuram o atendimento de urgência do hospital. Um exemplo foi a noite de sexta-feira para sábado, considerada ``atípica" pelos médicos.
``A nossa média é superior a 200 atendimentos por noite", informou o chefe da equipe, Mauro Briger. Segundo ele, era comum haver dezenas de pacientes no chão da emergência.
Até a vendedora de cafezinho, Marinete da Silva, reclamou do movimento. ``Até as três da manhã eu sempre vendo mais de seis garrafas de café. Faz uma semana que não vendo nem três".
Durante a madrugada, o chefe do plantão recusou mais de cinco pedidos de transferência de pacientes por causa da superlotação.
Mesmo assim, chegaram pacientes da Baixada Fluminense, de municípios do interior e transferidos de outros hospitais.
``Trago muita gente para cá. A ordem é, na dúvida, levar para o Souza Aguiar", disse Ciro Andrade, motorista da ambulância que chegou da Baixada Fluminense.
O desempregado Edmilson Lopes, também da Baixada Fluminense, procurou a emergência do Souza Aguiar. Ele disse que há três meses tenta curar uma ferida no dedo, mas não consegue.

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