São Paulo, quarta-feira, 19 de outubro de 1994 |
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Renda média cai 7,1% em 4 anos, diz IBGE
FRANCISCO SANTOS
Para recuperar essa defasagem é preciso que a economia do país cresça 9,2% este ano de acordo com cálculos do IBGE divulgados ontem. As previsões mais otimistas indicam um crescimento máximo de 5%. Os números do IBGE mostram que, apesar de um crescimento de 2,6% em 93, a renda ``per capita" do Brasil está 5,7% menor que em 1980. Para que ela volte aos níveis daquele ano, precisari a que o PIB total do país crescesse 7,3% este ano. O PIB ``per capita" é a divisão do PIB total (valor das riquezas produzidas e negociadas) pela população do país. Por causa do aumento da população, ele cresce sempre menos que o PIB total e sofre quedas maiores nos anos negativos. O cálculo do quanto é necessário crescer para que a defasagem seja anulada foi feito por Heloísa Filgueiras, chefe da Divisão de Síntese do Departamento de Contas Nacionais do IBGE, estimando um crescimento populacional de 1,58% este ano. Ontem, foram divulgados os dados revisados do PIB no período 90/93, incorporando ajustes feitos pelo IBGE por conta de mudanças na estrutura da economia detectadas pelo censo de 1991 e por outras pesquisas do órgão. O PIB de 93 cresceu 4,12%, e não 4,96%, como foi divulgado preliminarmente no primeiro semestre deste ano. Segundo o dado oficial do IBGE, o PIB total do Brasil foi de CR$ 38,6 trilhões. Se o valor for dividido pelo dólar médio de 1993, resultará em um PIB de US$ 436,7 bilhões no ano passado e em uma renda ``per capita" de US$ 2.881,00. O valor do PIB é quase US$ 20 bilhões menor que US$ 456 bilhões calculados no primeiro semestre deste ano pelo Banco Central, com base nos números preliminares do IBGE. Mas, além da diferença entre os números finais e os preliminares, o método de cálculo do BC é diferente da simples conversão pelo dólar médio. Os números revisados pelo IBGE mostram ainda que a taxa de investimentos do país em 93 foi de apenas 13,9%, a segunda menor desde 1970, perdendo apenas para os 13,1% de 92. Heloísa Filgueiras disse que o número do PIB do ano passado foi bom, ``tanto que a renda `per capita' também cresceu". Texto Anterior: Audi lança campanha Próximo Texto: Pela ética na OAB - 3 Índice |
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