São Paulo, quarta-feira, 19 de outubro de 1994
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Consórcios suspendem vendas ;Aumento

DA REDAÇÃO E REPORTAGEM LOCAL

Consórcios suspendem vendas
A explosão de vendas levou o consórcio Primo Rossi a suspender, desde sexta-feira, a venda de novas cotas de consórcios de carros populares (Gol 1.000, Fusca e Kombi).
Segundo Vittorio Rossi Junior, diretor da Primo Rossi, concessionária Volkswagen que administra o consórcio, toda a sua cota de populares (60 carros por mês) já está comprometida com os seus 82 grupos, mais de 4.800 consorciados.
Rossi afirmou que desde que o Plano Real entrou em vigor, em julho, o negócio de consórcios cresceu, e muito. Em agosto, as vendas cresceram 168,88% em relação a julho.
O presidente da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios e Distribuidores de Bens (Abrad), Alencar Burti, disse que a atitude de um consórcio de suspender as suas vendas ``é consciente, demonstra responsabilidade e respeito pelo cliente".
A exemplo da Primo Rossi, a concessionária Itororó (GM) também suspendeu há dois meses a venda de cotas do consórcio do Corsa.
Geraldo Dutra, gerente de vendas da concessionária, disse que depois do Plano Real as vendas aumentaram 40%.
Já na Caraigá, concessionária Volkswagen, as vendas de cotas não foram suspensas, diz seu diretor, Naul Ozi.
Antes do plano eram vendidas cerca de 800 cotas/mês. Com o plano, passaram para 2.000/mês. Para este mês a previsão é de 2.000 cotas.

Aumento
Em julho e agosto foram formados 1.591 novos grupos de consórcios de veículos nacionais, segundo dados da Abac (Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios).
Nos seis primeiros meses do ano foram 2.186 grupos. Em agosto foram 994 grupos, 103% mais que os 489 de junho. Para outubro, o aumento deverá ser de 20% a 25% sobre agosto, prevê a Abac. No ano, são 3.777 novos grupos.
Para Egídio Módolo, presidente da Abac, a suspensão de vendas de cotas não vai resolver o problema de falta de carros. Para ele, só há duas soluções: maior produção interna ou aumento da importação.

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