São Paulo, quinta-feira, 20 de outubro de 1994
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Argumento diplomático

Para assegurar toda a comodidade a Fernando Henrique e sua mulher, Ruth, na estada em Moscou, o embaixador brasileiro, Sebastião do Rêgo Barros, teve que recorrer ao famoso ``jeitinho", que vale no Brasil como na Rússia.
Na noite de segunda, faltou água no prédio da embaixada, onde FHC e Ruth se hospedaram. O embaixador telefonou imediatamente às autoridades competentes para avisar que, se o fornecimento não fosse logo restabelecido, haveria enorme constrangimento, para o próprio embaixador em primeiro lugar, mas também para a imagem da Rússia no exterior.
Alegou que o presidente eleito teria que se mudar para algum hotel, fato que imediatamente ``se espalharia pelo mundo".
A água de fato voltou logo, mas havia um enorme vazamento. Para consertá-lo, os russos precisavam interromper de novo o fornecimento na manhã seguinte, mas apenas das 6h às 9h.
Rêgo Barros duvidou. Afinal, com comunismo ou capitalismo, a burocracia russa funciona com exasperante lentidão.
Mas, para sua surpresa, às 9h em ponto a água voltou.

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