São Paulo, quinta-feira, 20 de outubro de 1994 |
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Quatro dos mortos são menores
CRISTINA GRILLO
``Tenho um funcionário no Instituto Félix Pacheco verificando se os mortos tinham antecedentes criminais, mas o levantamento só deve ficar pronto na sexta-feira ", disse ontem no final da tarde o delegado Maurílio Moreira, diretor da DRE e responsável pela invasão da favela na terça-feira. Oito dos mortos foram enterrados ontem à tarde no cemitério de Inhaúma (zona norte). Para evitar tumultos, a direção do IML decidiu liberar os corpos aos poucos. ``Um enterro coletivo das vítimas poderia acabar em tumulto", disse o diretor do IML, Alexandre Maluf Cavalcanti. Clima na favela Um dia depois da invasão, o comércio da favela Nova Brasília não abriu. Havia faixas pretas, em sinal de luto, na entrada da favela. As poucas pessoas que circulavam pelas ruas evitavam falar sobre os acontecimentos de terça-feira. ``Aqui ninguém fala nada com jornalistas", disse uma mulher, que não quis se identificar. A favela Nova Brasília fica às margens de duas das mais importantes ruas de Bonsucesso – as avenidas Itaoca e Itararé. Perto de suas entradas ficam grandes fábricas, como a da Coca-Cola. A maioria das casas da favela é de alvenaria – algumas até com mais de um andar. Segundo a polícia, o tráfico na região seria controlado pelo traficante Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê. Os 13 mortos são os seguintes: Alan Kardec Silva de Oliveira, 14, Adriano Silva Nonato, 18, Ranilson José de Souza, 21, Robson Genoíno dos Santos, 30, Alberto dos Santos Ramos, 22, Alex Viana dos Santos, 17, Alexandre Batista de Souza, 19, Cremilson dos Santos Moura, 19 (já enterrados), André Luiz Neves da Silva, 17, Fábio Henrique Fernandes Vieira, 19, Evandro de Oliveira, 22, Sérgio Mendes de Oliveira, 20, e MacMiller Faria Neves, 17. Texto Anterior: FHC responsabiliza a polícia Próximo Texto: Nilo Batista critica 'festividade' na ação Índice |
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