São Paulo, domingo, 23 de outubro de 1994 |
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``Não nos deixem sós",brinca
CLÓVIS ROSSI
Mas era pura brincadeira. FHC e sua mulher Ruth posavam para os fotógrafos em frente ao ``Bastião dos Pescadores", pedaço da muralha que cerca a parte velha da capital húngara. Como queria que o embaixador brasileiro em Budapest, Ivan Batalha, e sua mulher saíssem nas fotos, gritou a frase, rindo. O passeio matinal pelas ruas próximas ao Hotel Hilton, onde FHC se hospeda, foi feito só para atender os jornalistas. Como os jornais fechavam cedo, o presidente eleito aceitou a caminhada para criar oportunidades para fotos. Os fotógrafos se deliciaram com a loiríssima Silvia, 2 anos, que passeava com os pais e plantou-se à frente do casal FHC e Ruth junto ao realejo que tocava ``Danúbio Azul", a valsa de Strauss. Ao pé da estátua de Hadik András, general dos husardos húngaros do século 18, quem se divertiu foram FHC e o embaixador. O cavalo em que o general está montado tem testículos reluzentes como se fossem de ouro e é tradição em Budapest que os estudantes de engenharia, na véspera dos exames, toquem com as mãos essa parte da estátua, para dar sorte. Um jornalista brincou: ``Vai haver uma procissão de candidatos a ministro atrás dessa estátua". À noite, FHC jantaria na residência do embaixador, com a presença do presidente da Hungria, o dramaturgo e contista Árpád Goncz, membro da Aliança Democrático-Liberal, que governa em coalizão com os socialistas (os comunistas reciclados). (CR). Texto Anterior: FHC diz que não pretendia ir à cúpula Próximo Texto: Governo FHC vive fantasma da Arca de Noé Índice |
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