São Paulo, domingo, 23 de outubro de 1994 |
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Garotinho vai rever estratégia
SERGIO TORRES
O pedetista teve que repensar a série de traições e aproximações que arquitetara para tentar vencer o adversário Marcello Alencar (PSDB). ``Mudou tudo. Não tem decisão nenhuma. Vamos ter de conversar com todo mundo", respondia anteontem um atônito Garotinho a quem lhe perguntasse sobre adesões e dissidências. Garotinho chegou ao segundo turno pela coligação Força do Povo (PDT-PTB-PMN). Antes de o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) decidir pela nova eleição, ele disse não ter mais compromisso com o PTB e o PMN, pois a coligação só seria válida no primeiro turno. A traição aos dois parceiros tem origem no desejo de Garotinho de contar com o apoio do PT, PC do B, PPS e PSB. Os entendimentos iniciais com representantes destas siglas esbarravam na proximidade com o PTB e o PMN, partidos considerados fisiológicos pela esquerda. Garotinho agora terá que rever sua decisão. Ele já não pode dispensar os votos que estarão acoplados a candidatos como João Mendes e Roberto Jefferson, dois puxadores da legenda do PTB. Ao mesmo tempo, Garotinho sabe que dificilmente será eleito sem o apoio de petistas, comunistas e socialistas. ``Este quadro de nova eleição pressupõe novos entendimentos", disse Garotinho. O pedetista busca ainda apoios isolados, como o da deputada federal Sandra Cavalcanti (PPR) e o do senador Nelson Carneiro (PP). Com Sandra, Garotinho já conversou duas vezes, mas até agora ela não anunciou seu apoio. O senador foi procurado por telefone pelo pedetista. Disse que estava decepcionado com Marcello Alencar, mas que ainda não se decidira por Garotinho, adiando esta resolução para esta semana. Texto Anterior: As noivas de outubro Próximo Texto: Ex-eleitos iniciam campanha desorientados ;Sem-teto Índice |
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