São Paulo, domingo, 23 de outubro de 1994 |
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PM adota `toque de recolher' contra gangue
ROGÉRIO MARTINEZ
O ``toque de recolher" consiste em prender supostos líderes entre 0h e 5h, horário em que as brigas costumam acontecer. Também têm sido feitas revistas pessoais. Pelo menos três das gangues têm envolvimento em furtos, venda e consumo de drogas, depredações e pelo menos um homicídio. Segundo a polícia, as gangues são formadas por menores infratores e começaram a agir a partir de 1992 em bairros da periferia. O curador de menores de Araçatuba, Ermenegildo Nava, 38, disse que vai ``tirar de circulação pelo menos dez infratores". Desde que Nava assumiu o cargo, em agosto, dois menores foram enviados à Febem (Fundação Estadual para o Bem-Estar do Menor). Outros oito passaram 30 dias presos em cela especial da cadeia. ``A detenção para averiguações é contra a Constituição. A revista pessoal só pode existir quando há suspeita de que se está praticando algum delito", disse o advogado Fabio Konder Comparato. O delegado Ednei Carvalho, 49, responsável pela repressão às gangues, afirmou que repetir essas detenções sem estar investigando crimes é abuso de autoridade. A repressão aumentou há dez dias com o furto de 17 armas em uma delegacia. Carvalho disse acreditar que as gangues compraram parte das armas. Texto Anterior: Deficiência do Judiciário facilita corrupção Próximo Texto: Sequestrado relata suicídio de assaltante em Campinas Índice |
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