São Paulo, domingo, 23 de outubro de 1994
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É precaução, diz gerente

VERA BUENO DE AZEVEDO
DA REPORTAGEM LOCAL

O objetivo do Colégio Domus Sapientiae, ao indexar as mensalidades de 95 ao IPC-r, foi dar tranquilidade aos pais de seus alunos, explicou Alexandre Lira, gerente administrativo do estabelecimento.
Segundo Lira, a expectativa da escola é a de que o Plano Real dê certo e a estabilização econômica seja duradoura. ``Se isto ocorrer, será possível desindexar as mensalidades no ano de 1996", afirmou.
Por isso, a escola indexou as mensalidades na forma de um ``gatilho", sempre que o IPC-r acumulado chegar a 10%. ``Se o plano der certo, a inflação não chegará a esse patamar e as mensalidades não serão reajustadas, disse ele.
``Nessa fase de transição, porém, precisamos nos precaver para continuarmos prestando nossos serviços com o mesmo padrão de qualidade", afirmou.
Segundo Lira, deixar a forma de reajuste das mensalidades clara no contrato da escola significa transparência de seus objetivos e tranquilidade para os pais. ``Seria pior para os pais reservar vaga e fazer a matrícula dos filhos sem saber o que aconteceria com as mensalidades no ano que vem. Desta forma, eles sabem, com antecedência, quanto irão pagar no mês seguinte."
Com relação aos aumentos das mensalidades de janeiro de 95, praticados pelo Colégio Nossa Senhora de Lourdes, a irmã Carolina (que não diz informar à reportagem da Folha qual seu cargo no estabelecimento) disse: ``Posso estar cometendo uma loucura, mas eu prefiro assim".
Irmã Carolina afirmou também que não prestaria qualquer outro esclarecimento por telefone e que só daria mais explicações se a reportagem fosse pessoalmente ao colégio.

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