São Paulo, domingo, 23 de outubro de 1994
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Ecstasy cresce na noite paulista

GUTO BARRA

Não tem clube nem dia certo, mas o ecstasy está cada vez mais presente em São Paulo. A cápsula do bom-humor hipersensibiliza os sentidos por até 8 horas e custa cerca de R$ 40,00.
Na noite há uma ``turma" que usa camisetas com as mesmas mensagens, para identificar quem ``fala a mesma linguagem".
O povo que experimentou, diz que o efeito é alucinógeno, mas diferente do LSD, (hype nos clubes de NY). ``Tomei a primeira vez na Holanda e adorei. O problema é o mau humor no dia seguinte", diz o clubber V.L., 23.
Quando faz efeito, a droga pode causar embaralhamento na visão e ``confusão mental". Segundo os médicos, o ecstasy tem efeito depressivo após algumas horas, ainda mais quando misturado com álcool.
Na Europa e nos EUA, a droga começou a aparecer ainda nos anos 80, como a ``droga do amor". Hoje o consumo é grande, principalmente em raves que que não têm bebidas alcoólicas à venda.
Mas a coisa preocupa. Os médicos dizem que há sempre o risco de lesões cerebrais e outros afins. Em Londres, já existe um hot-line para avisar sobre os perigos do ecstasy.
Além dos riscos de overdose, há a mesma roleta-russa da maioria das drogas: as misturas e os ``falsos" já fizeram muita gente morrer.

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