São Paulo, quinta-feira, 3 de novembro de 1994 |
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Comandante da operação muda para fortaleza
FERNANDO MOLICA
Pela manhã, ele e sua família deixaram o apartamento em São Conrado (zona sul, nas proximidades da favela da Rocinha) e foram morar na fortaleza São João, na Urca, também na zona sul. Bairro pequeno, sem favelas, com apenas uma saída, a Urca é um dos locais mais seguros da cidade. No interior da fortaleza fica a praia onde foi fundada a cidade do Rio de Janeiro. No bairro vivem muitos militares –na fortaleza, entre outras instalações do Exército, funcionam a Escola Superior de Guerra e a Escola de Educação Física do Exército. O IME (Instituto Militar de Engenharia) também fica no bairro. O apartamento de Câmara Senna em São Conrado fica a cerca de um quilômetro da Rocinha, uma das maiores favelas da cidade e que já foi palco de batalhas relacionadas ao tráfico de drogas. Ao chegar à fortaleza, Câmara Senna disse que a segurança era um dos fatores relacionados à sua mudança de endereço. O motivo principal, segundo ele, era a necessidade de ficar próximo de oficiais que irão colaborar em sua tarefa. Câmara Senna e sua família hospedam-se em um prédio residencial, no interior da fortaleza, onde vivem diversos militares. Os três últimos andares do prédio são reservados para oficiais-generais. Câmara Senna confirmou que irá hoje a Brasília para uma reunião com o presidente Itamar Franco e seis ministros –entre eles os quatro militares. No prédio de Câmara Senna em São Conrado moram dois integrantes do PDT, partido do governador Nilo Batista: o deputado estadual e militar cassado Eduardo Chuay e a coordenadora nacional do Movimento de Mulheres do partido, Ligia Doutel de Andrade. Texto Anterior: Comando não foi unificado Próximo Texto: Primeira ação é prender 300 foragidos Índice |
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