São Paulo, sexta-feira, 4 de novembro de 1994
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Meta é difícil de ser cumprida

DA REDAÇÃO

Falta muito chão para que a economia brasileira possa atingir a meta desejada por FHC. Dependendo das condições, o potencial de crescimento do PIB do país está aquém ou além do objetivo "mínimo"' desejado pelo tucano.
O Brasil cresceu 11,9% em 72 e 13,9% em 73, anos do "milagre". Na metade da década perdida, em 1985, saltou 7,9% e mais 7,6% no ano seguinte, o do Cruzado.
Para uma economia como a dos EUA, 7% seria uma taxa extraordinária. Para um tigre asiático como Cingapura, nem tanto –avanço de 9,8% em 1993.
Os economistas dizem que a taxa de avanço do PIB deve pelo menos ultrapassar a porcentagem da população que procura emprego pela primeira vez no mercado. Esta taxa hoje é de cerca de 2,5%. 7% seria, portanto, boa deste ponto de vista.
Chegar lá é que é o problema. Na época do "milagre", os investimentos produtivos nunca foram inferiores a 20% do PIB, com doses maciças de dinheiro público. Hoje este recurso não existe e as inversões mal atingem 16%. Para crescer a 7% seria necessário uma injeção de US$ 20 bulhões ao ano de capital externo em áreas produtivas e não US$ 1 bilhão a US$ 1,5 bilhão anuais de hoje. E, para que isto ocorra, é preciso reformar totalmente as bases da economia.

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