São Paulo, sexta-feira, 4 de novembro de 1994
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Comissão leva dossiê do caso PC a Aristides

CLAUDIO JULIO TOGNOLLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Três pessoas mortas, uma desaparecida, outra sequestrada e dois incêndios criminosos. Esta lista de crimes, atribuídos ao caso PC Farias, foi entregue ao procurador-geral da República, Aristides Junqueira, pela Comissão Teotônio Vilela de Direitos Humanos (CTV).
A comissão recebeu um dossiê de 19 páginas do historiador e jornalista norte-americano Jeffrey Hoff, 35, no qual ele sustenta que os crimes foram uma "queima de arquivo", para atrapalhar as investigações contra o ex-tesoureiro de Fernando Collor.
"Houve impunidade e falta de investigação por parte da polícia", diz Jeffrey, que hoje mora em Florianópolis (SC). Ele passou três anos investigando esses crimes para tese universitária, patrocinada pela Fundação Fulbright (EUA).
A comissão pediu a Aristides Junqueira para investigar conjuntamente os seguintes casos: assassinato do então governador do Acre, Edmundo Pinto, em maio de 1992; assassinato de Gilberto Martins, em agosto de 1992; assassinato de Luis Wilton Guerreiro Mesquito, também em agosto de 1992; desaparecimento do doleiro Jorge Luis Conceição, no final de 92; sequestro de José Fabio Dias Jr., também em 1992; incêndio ocorrido na Comissão de Valores Mobiliários de Brasília, em agosto de 92, e incêndio ocorrido na Assembléia Legislativa de Rio Branco, no Acre, em maio de 92.
Jeffrey sustenta que esses crimes têm ligação um com outro. O relatório afirma que o governador Edmundo Pinto morreu assassinado em São Paulo porque "sabia demais" sobre suposto superfaturamento de obra no Canal da Maternidade (AC).

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