São Paulo, sexta-feira, 4 de novembro de 1994
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FHC deve prorrogar ação no Rio

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente eleito Fernando Henrique Cardoso deve prorrogar o convênio do governo federal com o governo do Estado do Rio para continuar a ação de combate à violência. Os ministros militares e o presidente Itamar Franco querem a renovação do convênio.
O convênio, assinado na última segunda-feira, estabelece o controle, pelas Forças Armadas, das polícias Civil, Militar e Federal no Rio para reprimir o contrabando de armas e o tráfico de drogas.
"Essas medidas têm que ter continuidade", afirmou ontem o Ministro da Justiça, Alexandre Dupeyrat, ao deixar o ministério para participar de uma reunião com o general Câmara Senna, comandante da ação no Rio, no Palácio do Planalto.
Na terça-feira à noite, em conversa com o presidente Itamar, Fernando Henrique Cardoso se mostrou disposto a dar continuidade às medidas.
Por isso, segundo o próprio Dupeyrat informou ontem, o governo tem informado a equipe de FHC sobre as ações no Rio.
Militares
Os ministros militares querem que o combate à violência continue porque, pelo acordo entre Itamar e o governador do Rio, Nilo Batista, a operação termina no dia 30 de dezembro.
Os militares acham que esse prazo –dois meses– é excessivamente curto e não acreditam que as medidas possam ter resultados práticos até o final de dezembro.
O presidente Itamar colocou essa data no convênio porque o seu governo termina dois dias depois, em 1º de janeiro.
Se não houver prorrogação da data, as Forças Armadas temem sair da operação sem conseguir convencer a população da eficácia do seu trabalho.
Ontem, Dupeyrat disse que é possível haver correção de rumos na operação, mas considerou "prematuro" discutir o assunto.
"As modificações serão feitas à medida que a operação for executada", justificou.

LEIA MAIS
sobre a ação no Rio na pág. 3-2

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