São Paulo, sexta-feira, 4 de novembro de 1994
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Rodízio de água em SP atinge mais 63 bairros

DA REPORTAGEM LOCAL

O primeiro dia de racionamento de água em São Paulo -que atingiu 67 bairros das zonas sul, oeste e região central- tumultuou a rotina dos moradores e causou transtornos em hospitais e restaurantes .
Hoje, entram no rodízio os 63 bairros do grupo 2 (veja quadro ao lado). Até domingo, 280 bairros e 3,3 milhões de pessoas que são abasatecidos pela represa Guarapiranga terão o fornecimento de água cortado por 36 horas.
Entre os bairros atingidos pelo rodízio ontem estavam Morumbi, Butantã (zona oeste), Consolação, Bela Vista (zona central) e Interlagos (zona sul). Eles permanecem sem água até as 14h de hoje.
A Sabesp informou que em alguns bairros apenas parte das residências e estabelecimentos seriam atingidos, o que gerou dúvidas entre os moradores. Muitas pessoas não sabiam se teriam ou não o fornecimento interrompido.
"Não estou sabendo de nada. A Sabesp informou que parte da Consolação entraria no rodízio hoje (ontem), mas não tenho como saber se estou incluída nessa parte", disse a gerente da Laundromat da rua da Consolação, Marijane Alves dos Santos.
Como num mesmo bairro algumas ruas podem ser abastecidas por reservatórios diferentes, a melhor alternativa para quem quer saber se sua rua terá o fornecimento cortado é através da Sabesp, pelo telefone 195.
Economia
Economizar água é a melhor saída para evitar os transtornos causados pelo rodízio.
As atividades que necessitam de um grande consumo de águia devem ser suspensas até que o abastecimento volte ao normal.
Uma das dicas é evitar a lavagem de carros e controlar a abertura das torneiras, evitando, por exemplo, que elas fiquem abertas na hora de escovar os dentes.
Juntar água em baldes e bacias não é aconselhável. Segundo a Sabesp, parte da água acaba não sendo aproveitada, o que aumenta o desperdício.
O racionamento foi implantado por causa dos quase cinco meses de estiagem em todo o Estado. A falta de chuvas fez o nível da represa Guarapiranga cair para 30,4% de sua capacidade.
Para que o abastecimento seja normalizado, a Guarapiranga tem que voltar a atingir
pelo menos 40,7% de sua capacidade.

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