São Paulo, sexta-feira, 4 de novembro de 1994
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Arafat é posto para fora de um funeral em Gaza

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Arafat é posto para fora de um enterro em Gaza
O líder palestino Iasser Arafat foi vaiado e posto para fora da principal mesquita de Gaza ontem. Ele tentava participar do funeral de Hani Abed, 35, membro da Jihad Islâmica morto em atentado a bomba anteontem.
"Traidor", "Arafat é colaboracionista", "Esta é sua paz, Arafat, apenas assassinatos e extermínio", gritavam alguns dos 2.000 que se reuniam na mesquita, a maioria da Jihad e do Hamas.
Os dois grupos se opõem ao acordo de paz assinado entre Arafat e Israel.
Arafat teve que sair por uma porta lateral da mesquita, na chuva. Horas depois, um comunicado da Jihad condenou "o comportamento irresponsável a que ficou exposto o senhor Arafat no funeral do mártir Hani Abed".
O carro de Abed explodiu anteontem quando ele o ligou, na cidade de Khan Yunis, na faixa de Gaza. Abed esteve duas semanas presos em Israel depois que dois soldados israelenses foram mortos em Gaza em junho. Não foi feita nenhuma acusação contra ele.
A Jihad, o Hamas, a Fatah (a que pertence Arafat), a Frente Popular para Libertação da Palestina, a Frente Democrática para Libertação da Palestina e o Partido Popular assinaram documento responsabilizando o serviço secreto de Israel pela morte de Abed.
No funeral, o xeque Abdallah al-Shami, líder do Jihad em Gaza, prometeu retaliação. Ele disse que o premiê israelense Yitzhak Rabin "deveria preparar os túmulos".

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