São Paulo, domingo, 6 de novembro de 1994 |
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Lira foi do Partido Comunista
CLAUDIA TREVISAN
Folha - O sr. esperava vencer no primeiro turno, levou um susto e, segundo as últimas pesquisas, Mão Santa está liderando. Qual é sua estratégia agora? Átila Lira - O que aconteceu no primeiro turno não foi o crescimento da candidatura do PMDB. Foi a incidência imensa de votos em branco. Eu saí do primeiro turno com a maioria. Folha - O sr. tem apoio do governador e da maioria dos prefeitos e deputados. Como explica a liderança de Mão Santa? Lira - É a fotografia de um momento. Basta fazer o comparativo do final da eleição, que o somatório global dos três candidatos de oposição dava realmente esse percentual acima do meu. Folha - Mão Santa o classsifica como candidato das oligarquias. Como o sr. vai escapar desse carimbo? Lira - Tanto o candidato do PMDB como eu temos a mesma origem política, a Arena. Eu tenho de qualquer jeito um elemento inovador. A minha origem na luta política sempre foi em partidos de oposição, desde a vida estudantil. Eu represento dentro do PFL uma renovação dentro do Estado. Folha - O que significa isso? Lira - O PFL sempre foi um partido de famílias tradicionais. Eu não saí de famílias tradicionais. Eu vim do movimento estudantil, participei de movimentos populares, fiz abertura para sindicatos. Folha - O sr. era ligado a qual partido quando era estudante? Lira - Eu era ligado ao Partido Comunista. Até 74 fiquei em movimentos populares de combate à ditadura. Folha - Como um comunista foi parar na Arena? Lira - Como todos os ex-comunistas. Quem é que dirige hoje o PSDB, o PTB, o PMDB? Folha - Como o sr. se define politicamente hoje? Lira - Hoje eu sou um social-democrata. Texto Anterior: Médico teve ajuda de Quércia Próximo Texto: 'Ele salvou a vida de minha tia' Índice |
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