São Paulo, domingo, 6 de novembro de 1994
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PFL aposta em Krause e Stephanes

GUSTAVO KRIEGER
DA REPORTAGEM LOCAL

O PFL quer ocupar dois ministérios no governo do presidente eleito Fernando Henrique Cardoso. O partido aposta nos nomes de Reinhold Stephanes e Gustavo Krause para os cargos.
Para a direção do PFL, os dois nomes preenchem os requisitos básicos exigidos por Fernando Henrique. Eles têm boa imagem pública e não costumam ser relacionados ao setor mais conservador do PFL.
Previdência
Stephanes é cotado para o Ministério da Previdência, cargo que já ocupou no governo de Fernando Collor de Mello.
Stephanes deixou o ministério com a imagem de ter colocado em ordem as contas da previdência e de ter modernizado a máquina de arrecadação.
O PFL acredita que a posição do ex-ministro se fortaleceu com os elogios que recebeu de seu sucessor na Previdência, o peemedebista Antônio Britto.
Candidato ao governo do Rio Grande do Sul, Britto já recebeu o apoio aberto de FHC. Foi o único candidato de fora do PSDB que conseguiu esse aval do presidente eleito.
Compromisso
No caso de Gustavo Krause, o PFL confia em um compromisso que Fernando Henrique assumiu no meio da campanha.
Krause era um dos políticos do PFL cotados para concorrer a vice na chapa de Fernando Henrique, mas recebeu a "missão impossível" de enfrentar Miguel Arraes (PSB) na disputa pelo governo de Pernambuco.
Como a derrota era praticamente certa e Krause ficaria sem mandato, Fernando Henrique assumiu o compromisso de aproveitá-lo no governo federal.
Perfil diferenciado
Os pefelistas acreditam que Gustavo Krause ocupe um ministério que concentre os programas de atendimento às regiões Norte e Nordeste.
O nome do ministério só será definido quando FHC anunciar sua reforma administrativa.
A maior vantagem de Krause e Stephanes, na avaliação da direção do PFL, é que eles têm um perfil diferenciado do partido.
Isso protegeria Fernando Henrique de acusações de "loteamento" político do seu ministério.

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