São Paulo, domingo, 6 de novembro de 1994 |
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Cinco Estados conseguem rolar 100%
MÔNICA IZAGUIRRE
Só no caso de Mato Grosso, o Banco Central concluiu que não havia saldo de receita para resgate de títulos e que portanto toda a dívida precisava ser rolada. Nos demais, indicou percentuais menores, ignorados pelo Senado. Se fosse seguida a resolução 11 aprovada pelo Senado, o limite de rolagem da dívida vencida no segundo semestre seriam os seguintes: SP (91%), Rio Grande do Sul (97,1%), Minas (95,4%) e município de São Paulo, (88,4%). O último caso, aprovado na semana passada, foi o do município de São Paulo, seguindo parecer do relator, Gilberto Miranda (PMDB-AM). "Eu acho que a resolução 11 tinha que ser aplicada. Mas a partir do momento em que se abre excepcionalidade para um, não se pode negar para os outros". É sabido que todos os Estados estão falidos", justifica o senador. Segundo Miranda, os primeiros casos foram os de Mato Grosso e Goiás -nesse último caso, o Banco Central indicava 92,5% para o primeiro semestre e o Senado permitiu rolagem integral. O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) é um dos poucos a criticar o procedimento que vem sendo adotado na rolagem das dívidas: "Abrimos mão do que nós próprios consideramos adequado para a maior disciplina do endividamento dos Estados e municípios", lamenta ele. Suplicy já propôs requerimento pedindo que o presidente do BC, Pedro Malan, vá ao Senado explicar, entre outras coisas, os reflexos do endividamento em excesso na economia e na condução do Plano Real. Texto Anterior: Senado atrapalha plano de redução da dívida de Estados Próximo Texto: Indexação e dólar baixo são ameaça ao Plano Real Índice |
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