São Paulo, domingo, 6 de novembro de 1994 |
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Pedro Paulo de Sena Madureira, editor "Bebia e fumava muito no salão pullman, onde ficavam as poltronas. Jantava com os amigos que encontrava no salão restaurante. O cardápio era sempre o mesmo, o engordurado filet à francesa. Um bom bife acompanhado de petit-pois, presunto enroladinho, cebola e batatas fritas. Os mais comportados dormiam em seguida e nós, os boêmios, dávamos sequência à noite. Quando íamos dormir, já era dia e a paulicéia surgia imponente. Nunca namorei nas cabines. Não há desejo que me faça praticar gesto tão extraordinário em tão pouco espaço. Sinto muita falta do trem. Vou reservar meu lugar na viagem inaugural do que vem aí." Texto Anterior: Trem ficou conhecido como avião dos covardes Próximo Texto: Conto trata namoro em cabine Índice |
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