São Paulo, domingo, 6 de novembro de 1994 |
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Marinha tinha planos para ação
LUIS HENRIQUE AMARAL
O patrulhamento dos rios é responsabilidade da Marinha. Se os ativistas decidissem paralisar um navio de pesca predatória, por exemplo, seriam abordados. A informação foi passada à Folha por um dos militares do navio de patrulha flutuante Amapá, que seguiu o MV Greenpeace. Ele pediu para não ser identificado. A versão oficial do Ministério da Marinha é de que os militares faziam apenas um patrulhamento de rotina na região. Essa posição da Marinha evitou que os militares agissem contra a invasão dos ativistas a um navio ucraniano que estava ancorado no porto de Santarém carregado de madeira para a Europa e EUA. A Marinha não é responsável pela administração dos portos. Os militares ficaram assistindo impassíveis à ação dos ambientalistas. O clima de confronto entre a Marinha e o Greenpeace foi quebrado apenas uma vez, quando os navios chegaram à cidade de Gurupá (PA). Pelo alto-falante do barco, os marinheiros desafiaram os ambientalistas para um jogo de futebol. Os ativistas recusaram. Dólares A viagem de um mês por 3.000 km de rios da Amazônia custou ao Greenpeace US$ 65 mil, dinheiro que vem de doações de 5 milhões de associados em todo o mundo. A campanha pelas florestas começou em maio na Sibéria. O navio já passou pelo Alasca, Canadá, EUA, Costa Rica e Guiana. Estão no navio 35 pessoas, 15 brasileiros e 20 estrangeiros. Outro barco, alugado pela entidade, leva mais 20 ambientalistas que fazem parte do time de ação. Segundo o Greenpeace, a viagem também tem o objetivo de divulgar projetos bem-sucedidos de preservação do meio ambiente. A campanha no Brasil terminou na última quarta-feira. O navio do Greenpeace está hoje em São Luís (MA). Vai agora para a Argentina, passando pelo Rio, São Paulo e Rio Grande do Sul. (LHA) Texto Anterior: Divergências cancelaram ações Próximo Texto: Entidade queria 'sequestrar' navio Índice |
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