São Paulo, domingo, 6 de novembro de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

TRECHO

470 Agora acodem moços com crateras plenas

DE VINHO QUE AS COROA, E AS PRIMÍCIAS EM COPAS

à roda distribuem. Por todo o dia cantam
os Dânaos, aplacando o deus –peã belíssimo!–,
dança de jovens para o Arqueiro, alegre a ouvi-los.
475 E só quando se pôs o sol e veio o escuro,
só então repousaram no navio fundeado;
e só quando reluz a Aurora, dedos róseos,
menina da manhã, se vão rumo ao exército
enorme dos Aqueus. O Arqueiro envia um vento
480 favorável. O mastro erguido, as velas pandas,
brancas, sopradas bem no centro, e em torno à quilha
que avança, as ondas –rastro púrpura– soando,
soando, enquanto a nau ao longo rasga a rota.
"ILÍADA", de HOMERO

Tradução de Haroldo de Campos e Trajano Vieira

Texto Anterior: Tradução capta desenho sintático da "Ilíada"
Próximo Texto: Sete poemas de José Paulo Paes
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.