São Paulo, domingo, 6 de novembro de 1994
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Bancada dos democratas deve diminuir

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA

De todos os presidentes desde 1945, só Gerald Ford teve aprovação menor do que Bill Clinton tem agora
De Washington
Desde o fim da Segunda Guerra, só um presidente dos EUA enfrentou as eleições do meio de seu mandato com índices de popularidade tão baixos quanto os atuais de Clinton: Gerald Ford, em 1974.
Mas Ford na verdade estava no meio de mandato de seu predecessor, Richard Nixon, que havia renunciado três meses antes da eleição, e sofria o efeito de ter dado perdão presidencial a Nixon pelos crimes de Watergate.
Todos os outros presidentes tinham maior aprovação pública a seus governos do que Clinton tem agora. Mesmo assim, só três deles (Kennedy em 1962, Nixon em 1970 e Reagan em 1982) conseguiram aumentar suas bancadas no Senado e muito modestamente (três vagas em 62, duas em 70 e uma em 82).
Na Câmara, os partidos de todos os presidentes em meio de mandato sofreram perdas: de oito cadeiras (Bush em 1990) a 55 (Truman em 1946). A história, portanto, permite prever sérias dificuldes para Clinton na terça.
Outra tradição da política norte-americana desde 1932, quando Franlin Roosevelt chegou à Casa Branca, é que os republicanos vencem a maior parte das eleições para a Presidência mas os democratas quase nunca perdem o controle do Congresso.
Nestes 62 anos, os democratas só não foram maioria em dez deles. Na Câmara, os republicanos só conseguiram ser poder entre 1955 e 1957.
Em 1994, a Câmara continua sendo um sonho grande demais para os republicanos, embora não seja impossível, pela primeira vez em 40 anos. Mas o Senado depende de apenas sete cadeiras, o que parece muito provável.

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