São Paulo, terça-feira, 8 de novembro de 1994
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Preços devem ficar estáveis em novembro

DA REPORTAGEM LOCAL

A maioria dos preços dos produtos nos supermercados deve ficar estável em novembro.
Ontem, representantes do setor informaram em São Paulo a José Milton Dallari, assessor especial para preços do Ministério da Fazenda, que já foi repassado para o preço final nos supermercados a alta causada pela retirada dos descontos da indústrias em outubro.
A retirada dos descontos já se refletiu em aumento de preços nas gôndolas, disse Levy Nogueira, presidente da Abras (Associação Brasileira de Supermercados).
Até a semana passada, representantes de supermercados alegavam que ainda não tinham repassado integralmente aos preços tais aumentos.
Para Dallari, os preços no atacado já estão estáveis esta semana, o que deve indicar comportamento semelhante no varejo nos próximos dias.
Para novembro, o governo espera alta nos preços da carne bovina e derivados, na do frango e em alguns derivados do leite.
Leite condensado, creme de leite, leite em pó e achocolatados retiraram agora o desconto médio de 8% dos preços, disse Firmino Rodrigues Alves, presidente em exercício da Apas (Associação Paulista de Supermercados).
Segundo Firmino, isso trará aumento de preços. O presidente em exercício da Apas acredita que os descontos praticados pela indústria devem voltar na segunda quinzena do mês.
Um exemplo é que, na primeira quinzena de outubro, o preço da carne de segunda subiu 25% e na segunda quinzena ficou em 12%.
Nesta época, as encomendas são menores e podemos negociar novos descontos, disse Firmino.
Queda no consumo
Levy Nogueira informou que, de julho até agora, o consumo de produtos da cesta básica cresceu 30%. Em outubro, esta alta foi de 12,34%.
Para Firmino, a tendência agora é que as vendas se estabilizem e a população amplie o consumo de demais bens.

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