São Paulo, terça-feira, 8 de novembro de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

L'Oréal ergue segunda fábrica no país

NELSON BLECHER
DA REPORTAGEM LOCAL

Próxima de atingir o limite de 45 milhões de unidades anuais, a filial brasileira da L'Oréal vai investir US$ 6 milhões na construção de sua segunda fábrica no país.
"Estamos prontos para mais do que duplicar nossa capacidade de produção", disse ontem à Folha o presidente Paolo Gasparrini.
Para tanto, Gasparrini revelou ter adquirido, por US$ 1,4 milhão, um terreno de 16 mil m2, vizinho às atuais instalações, na Via Dutra (RJ).
O plano de construção da nova fábrica data de três anos, mas era inviabilizado pela elevada inflação.
Beneficiada com o aquecimento das vendas de cosméticos, perfumes e xampus, após a implantação da nova moeda, a L'Oréal prevê faturar US$ 120 milhões este ano, cifra 30% superior à de 1993.
Segundo Gasparrini, a perspectiva de estabilização econômica estimulou a companhia a reforçar sua verba de publicidade e promoções.
Os investimentos devem crescer de atuais US$ 10 milhões para US$ 22 milhões, em 1995. A L'Oréal veicula campanhas globais, adaptadas pela agência McCann-Erickson do Brasil.
A empresa produz mais de cem itens, entre xampus, colorizadores e desodorantes, que representam 55% do faturamento.
O restante é distribuído entre produtos profissionais e o segmento de perfumaria.
Além disso, linhas internacionais cujo lançamento foi postergado "devido ao tumulto econômico" passarão a ser produzidas e comercializadas no Brasil.
É o caso da marca de cremes cosméticos Plenitude, que será encontrada pelas consumidoras, a partir de julho de 95, somente nas prateleiras de supermercados.
"As grandes redes se mostram mais receptivas aos produtos de perfumaria", diz Gasparrini.
As vendas de perfumes de luxo, segundo o presidente, vêm crescendo em ritmo superior.
A importação das marcas Helena Rubinstein e Lancôme, entre outras, gera o equivalente a 20% do negócio.
As vendas do grupo francês L'Oréal, líder mundial no setor de perfumes e cosméticos, cresceram de 17% a 18% no período de janeiro a setembro. A previsão de faturamento atinge US$ 10 bilhões em 1994.

Texto Anterior: Venda no varejo cresce 18,5%
Próximo Texto: Inflação do Plano Real preocupa, diz Musa
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.