São Paulo, terça-feira, 8 de novembro de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Receita faz mutirão para para liberar importações

FRANCISCA RODRIGUES
DA REPORTAGEM LOCAL

Receita faz mutirão para para liberar importações
A Receita Federal aumentou o número de fiscais no Aeroporto de Guarulhos, em Cumbica, para resolver o problema do excesso de carga importada.
Além dos 18 fiscais que operam no aeroporto, foram colocadas mais 22 pessoas em sistema de rodízio para liberar as cargas. A Infraero aumentou para 520 o total de trabalhadores. O número normal é de 400.
No último final de semana, o mutirão da Receita e da Infraero conseguiu liberar cerca de mil toneladas de cargas, diz Jefferson Salazar, Superintendente da Receita Federal.
Ele se reuniu ontem em São Paulo, com representantes das empresas aéreas, dos importadores e da Infraero. O objetivo é descobrir soluções definitivas para o problema do excesso de carga importada.
Com essas medidas, diz Oswaldo Rodrigues Filho, Superintendente da Infraero em Guarulhos, conseguimos compatibilizar o horário da liberação das mercadorias por parte da Receita, com o do recebimento das cargas, que é feito 24 horas por dia.
Rodrigues Filho estima que no prazo de sete a dez dias, a liberação da carga estará normalizada. As 250 toneladas de cargas que estavam na pista já estão abrigadas, restando apenas 50 toneladas, que é o volume normal do dia, afirma.
Salazar observa que a expectativa é a de o volume de carga importada continuar alto até o final do ano, por causa do aquecimento da economia e da liberação e redução de alíquotas.
Ele disse acreditar que o mutirão de funcionários será mantido até o final de dezembro.
A Receita prevê que a partir de dezembro, a liberação das cargas será agilizada, pois o setor será informatizado. "O projeto de informatização, que estava previsto para entrar em funcionamento no começo de 95, foi antecipado por causa da situação", diz Salazar.
Celso Torres, gerente de carga internacional da Varig, disse que só a empresa tem 500 toneladas de carga fora dos armazéns. 60% estão no armazém inflável e o resto na pista esperando a conferência.
A preocupação é a de que no armazém inflável, a temperatura atinge cerca de 40 graus, o que dificulta o trabalho e pode estragar alguns tipos de mercadorias.
Na sua opinião, a partir de janeiro, a situação das cargas poderá ficar mais difícil. "Só com o Mercosul, o volume deve aumentar em 30%", estima.
Ágio
Jefferson Salazar disse que a super "blitz" para detectar as empresas que estão cobrando ágio na venda de carros "populares" feita pela Receita em todo o Estado de São Paulo, já rendeu 20 milhões de Ufirs.

Texto Anterior: Definidas exceções à tarifa do Mercosul
Próximo Texto: Guia de importação é dispensada para crédito
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.