São Paulo, quarta-feira, 9 de novembro de 1994
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Comissão que apura crime se reúne

DA SUCURSAL DO RIO

A comissão criada pelo governo do Rio para investigar as 13 mortes resultantes da operação policial na favela Nova Brasília (zona norte) se reúne hoje pela terceira vez sem ter chegado a nenhuma conclusão objetiva sobre o caso.
A comissão não sabe, por exemplo, se os tiros que mataram as 13 pessoas foram disparados à queima-roupa –um sinal de execução– ou a média e longa distância, como é comum acontecer em tiroteios.
As mortes resultaram de uma operação na favela Nova Brasília, a pretexto de cumprir mandados de prisão. Segundo a polícia, traficantes reagiram e foram mortos.
Só três dos 13 mortos de Nova Brasília tinham ficha criminal. Quatro eram menores.
O delegado que comandou a invasão à favela Nova Brasília, Maurílio Moreira, deu à comissão investigadora uma nova versão sobre a posse dos mandados de prisão utilizados pela polícia.
"Ele mostrou os mandados, e disse que estava com eles quando entrou na Nova Brasília", disse o procurador Antônio Passos.
Em entrevista concedida à Folha dois dias depois da operação, Moreira havia dito que não estava de posse dos mandados durante a entrada na favela.

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