São Paulo, quarta-feira, 9 de novembro de 1994
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Dólar cai, mesmo com intervenção do BC

RODNEY VERGILI
DA REDAÇÃO

Os bancos considerados inadimplentes junto ao Cadin (Cadastro de Inadimplentes) do Ministério da Fazenda puderam participar do leilão de Bônus do Banco Central ontem. Portaria do Ministério da Fazenda deu uma carência de 15 dias para o acerto dos dez bancos "inadimplentes".
Os BBCs saíram com taxa/over de 5,821% ao mês. Algumas instituições esperavam taxas menores (5,7% ao mês). O Banco Central vendeu todos os papéis emitidos de 35 dias.
A Bolsa paulista fechou com baixa de 0,55% e com reduzido volume de negócios (R$ 224 milhões). Fausto Botelho, da Enfoque Sistemas, entende que em termos gráficos o mercado à vista está testando a resistência de alta a 49.500 pontos. Ele acredita que o mercado vai romper esse indicador, projetando o índice para a faixa de 54 mil pontos.
Somente fechamento do índice abaixo de 44 mil pontos é que anularia a análise e projetaria uma queda mais significativa para a faixa de 42 mil pontos, segundo ele.
No mercado cambial, o Banco Central realizou leilão de compra de dólar comercial para segurar as cotações, mesmo assim houve queda nos preços.
No mercado de crédito, Luiz Antonio Rodrigues, diretor do Banco Itaú, diz que com as medidas de contenção dos empréstimos (existência agora de compulsório e prazo máximo de três meses) houve uma queda de 70% nos financiamentos de veículos usados. Segundo ele, a medida não deve ter efeitos significativos sobre a procura, pois os financiamentos representam apenas 7% do total geral vendido de carros.

JUROS
Curto prazo
Os cinco maiores fundões registravam rentabilidade diária de 0,166% no último dia 4. A taxa média do over foi de 5,97% ao mês, segundo a Andima. No mercado de Depósito Interbancário (CDIs), a taxa/over média foi de 6,08% ao mês.
CDB e caderneta
As cadernetas rendem 3,1533% no dia 9. Os CDBs prefixados para 30 dias pagaram entre 40% e 68,8% ao ano. Os papéis pós-fixados para 120 dias pagaram taxas entre 16,8% e 17,5% ao ano mais a TR.
Empréstimos
Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 7,43% ao mês. Para 30 dias (capital de giro): as taxas brutas variaram entre 63,0% e 98,4% ao ano.
No exterior
Prime rate: 7,75%.

AÇÕES
Bolsas
São Paulo: o índice fechou a 47.821 pontos, com baixa de 0,55% e volume financeiro de R$ 224 milhões. Rio: queda de 0,1% (I-Senn), fechando com 21.911 pontos e volume financeiro de R$ 31,11 milhões.
Bolsas no exterior
O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou com 3.830,74 pontos, contra 3.808,87 pontos no dia anterior. O índice Financial Times da Bolsa de Londres fechou com 2.348,50 pontos, contra 2.350,60 pontos no dia anterior. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou a 19.609,02 pontos, contra 19.619,22 pontos no dia anterior.

DÓLAR E OURO
Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,829 (compra) e R$ 0,831 (venda). Segundo o Banco Central, o dólar comercial foi negociado no dia anterior a R$ 0,838 (compra) e por R$ 0,840 (venda). "Black": R$ 0,830 (compra) e R$ 0,835 (venda). "Black" cabo: R$ 0,830 (compra) e R$ 0,833 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,815 (compra) e R$ 0,840 (venda), segundo o Banco do Brasil.
Ouro: alta de 0,10%, fechando a R$ 10,19 o grama na BM&F, movimentando 2,96 toneladas.
No exterior
Segundo a agência "UPI", em Londres, a libra foi cotada a US$ 1,6180. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,5070 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 97,23 ienes.
A onça-troy (31,104 gramas) de ouro na Bolsa de Nova York fechou a US$ 383,70.

FUTUROS
No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para novembro foi de 4,22% ao mês e de 4,63% ao mês para dezembro.
No mercado futuro de dólar, a cotação foi de R$ 0,852 para novembro e de R$ 0,872 para dezembro.
O índice Bovespa no mercado futuro para dezembro fechou a 48.900 pontos.

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