São Paulo, domingo, 13 de novembro de 1994
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Premiê sueco confia no 'sim' em referendo

DO "CORRIERE DELLA SERA"

Os suecos vão às urnas hoje para decidir se o país adere ou não à União Européia. Pesquisas divulgadas anteontem mostram opositores e defensores da idéia quase empatados com um índice alto –cerca de 20%– de eleitores ainda indecisos.
O primeiro-ministro Ingvar Carlsson está otimista quanto à vitória do "sim". A seguir os principais trechos de sua entrevista.
Pergunta - Porque a social-democracia passou a apoiar a adesão da Suécia à União Européia?
Ingvar Carlsson - A queda do muro de Berlim mudou radicalmente a Europa. Agora sabemos que podemos manter nossa política de não-alinhamento mesmo como membros da União. Depois, é importante o fato de que também as nações da Europa Oriental e Central e do Báltico desejam uma colaboração com a União para se tornarem, posteriormente, membros.
Pergunta - Mas ainda existe forte resistência à adesão entre os social-democratas suecos.
Carlsson - Existem opiniões discordantes, é inútil esconder. Mas considerando que o nosso partido congrega 45% do eleitorado não creio que seja de se espantar. O congresso do partido decidiu, com 232 votos a favor e 103 contra, responder com um "sim" ao referendo. E o número de social-democratas que decidiram seguir essa orientação cresceu consideravelmente nos últimos meses.
Pergunta - O que significaria para o Estado de bem-estar social sueco a adesão?
Carlsson - Não muito, no curto prazo, uma vez que cada país decide sobre seu sistema de "welfare state". Mas já que estou convencido de que uma adesão teria efeitos positivos para a economia sueca, a longo prazo reforçaria nosso sistema de bem-estar social.

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