São Paulo, terça-feira, 15 de novembro de 1994
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Segundo turno divide o PT, PSDB, e PFL

MANUEL CAVALHEIRO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RIO BRANCO

O Acre chega ao segundo turno com partidos divididos. A posição de partidos como o PSDB, PT e PFL difere do apoio de seus principais líderes.
O PSDB apóia oficialmente o senador Flaviano Melo, da coligação PMDB-PSB-PDT, mas seu presidente regional, Réssine Jarude, está com Orleir Cameli, da coligação PPR-PP.
No PT, a situação é semelhante. Abraim Faraht, militante do PT diz que está trabalhando para Flaviano Melo enquanto a sindicalista Almerinda Cunha, "torce para que Flaviano perca".
O PFL apóia oficialmente o PMDB, mas a principal liderança política no partido no Estado, o coronel Hildebrando Pascoal Nogueira Neto, um dos deputados mais votados, apóia o candidato do PPR.
Orleir Cameli venceu o primeiro turno com 79.331 votos. O candidato do PMDB, Flaviano Melo, obteve 46.820 votos.
Cameli teve 46,8% dos votos válidos no primeiro turno, contra 27,3% de Melo. Os votos brancos somaram 10,57%, os nulos 3,43%. A abstenção foi de 21,57%.
Cameli
O candidato do PPR, Orleir Messias Cameli, 45, é filho de camponeses.
Nasceu em Cruzeiro do Sul, cidade isolada na fronteira com o Peru. Ainda adolescente começou a vida empresarial, junto com dois irmãos.
Há 20 anos, eles fundaram uma madereira, embrião de um conjunto de empresas que inclui supermercados, atacado de alimentos e roupas, transporte fluvial, estradas, reflorestamento e beneficiamento de madeira.
Filiou-se ao PPR para disputar a Prefeitura de Cruzeiro, em 1992. Chegou ao segundo turno como o candidato mais votado.
Melo O candidato do PMDB ao governo do Acre, Flávio Flaviano Baptista de Melo, 44, é senador pelo PMDB, com mandato até 1999.
Engenheiro civil, foi prefeito nomeado de Rio Branco, no governo do senador Nabor Júnior, de 1984 a 1986.
Deixou a prefeitura e se elegeu governador do Estado, em 1986. Em 1990, obteve uma cadeira no Senado.
Melo ficou em segundo lugar no primeiro turno das eleições.

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