São Paulo, terça-feira, 15 de novembro de 1994
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Alimentos pressionarão menos inflação este mês

FRANCISCA RODRIGUES
DA REPORTAGEM LOCAL

Os alimentos, que registraram as maiores altas na taxa de inflação no mês passado, devem contribuir para a estabilização dos índices de preços ao consumidor em novembro.
Isso porque os preços dos alimentos estão caindo, pressionados pelas importações e, consequentemente maior oferta do produto, e o fim da entressafra.
Outro fator que pode ajudar a estabilidade da taxa de inflação são as promoções dos supermercados neste mês.
Só em São Paulo, sete grandes estabelecimentos estão fazendo aniversário em novembro e prometem vender alimentos básicos a preço de custo.
Preços
O preço da carne bovina em São Paulo está caindo. Ontem, segundo o Sindipec (sindicato dos pecuaristas), a arroba do boi gordo foi negociada a R$ 33, queda de 8,33% em relação ao último dia quatro, quando atingiu o maior preço do ano (R$ 36,00).
A redução no preço deve-se também a uma diminuição do consumo, que se acentua no início do mês por causa do pagamento de salários.
O frango, que havia subido por causa da alta do preço do boi e do consumo, deve se manter estável, já que o governo e produtores fizeram acordo para contenção do preço.
O arroz e o feijão ficaram estáveis ontem na Bolsa de Cereais de São Paulo em relação a sexta-feira, sendo negociados a R$ 29,00 e R$ 49,50 a saca, respectivamente.
No caso do arroz, a entrada do importado está ajudando a manter a estabilidade, embora ainda acuse alta de 1,75% em um mês. O feijão teve queda de 5,71% no mesmo período.
O café, cotado a R$ 167,50, manteve a estabilidade sobre sexta-feira e queda de 5,63% em 30 dias.

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