São Paulo, quarta-feira, 16 de novembro de 1994 |
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Polícia faz exigência para participar de ação
SERGIO TORRES
Tratamento de policiais feridos em hospitais militares e substituição dos revólveres 38 por fuzis de longo alcance são duas das reivindicações que estarão no ofício a ser enviado aos generais Edson Mey, comandante militar do Leste, e Roberto Câmara Senna, chefe do comando unificado de combate ao crime. Assinarão o ofício as direções da Coligação dos Policiais Civis e do Sindicato dos Policiais Civis, entidades que filiam os 12 mil servidores da Polícia Civil. As entidades organizaram há um ano a greve dos policiais, cuja adesão chegou a 95%. Emissários das entidades têm visitado as delegacias do Grande Rio a fim de listar os pedidos a serem apresentados aos chefes militares. Caso não consigam as melhorias, os policiais ameaçam não se esforçar nas idas conjuntas aos morros e favelas. "Não temos condições de enfrentar um bandido em situação infinitamente superior em termos de armamentos. O jeito é fingir que não viu", disse o inspetor Luiz Otávio Antunes, 45, vice-presidente do sindicato e da coligação e lotado na 10ª DP (Delegacia de Polícia), em Botafogo (zona sul). A Polícia Civil dá ao policial um revólver 38. A cada seis meses o agente recebe um estoque de seis balas. Para ir às favelas, o policial recorre a armas pessoais, geralmente pistolas importadas. Além da internação em hospital militar e do uso dos fuzis, os policiais civis querem que o Exército forneça refeições durante as operações e treine os cerca de 3.000 agentes –cálculo da Polícia Civil– que deverão ir para a "linha de frente". Os policiais argumentam que em ações conjuntas as partes envolvidas devem ter o mesmo tratamento. Texto Anterior: Ministro quer alterar acordo com petroleiros Próximo Texto: Exército finaliza plano de operação Índice |
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