São Paulo, quarta-feira, 16 de novembro de 1994
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Janeiro pode ser crítico para os pequenos

DA REPORTAGEM LOCAL

Janeiro pode ser crítico para os pequenos e micro empresários. Eles não vêem queda de preços no começo de 95.
Joseph Couri, presidente do Simpi (micro e pequenas indústrias no Estado de São Paulo), prevê inflação de 4% em janeiro.
Para ele, o aumento dos juros e das matérias-primas –elas subiram entre 20% e 60% depois do real até agora– serão bem mais fáceis de serem repassados para os preços no início do ano.
É que em janeiro, normalmente, o comércio repõe seus estoques. Isto diminui o poder de barganha dos lojistas na negociação.
"Janeiro será um mês crítico para os supermercadistas", afirma Wilson Tanaka, presidente do Sincovaga, que reúne os pequenos desse segmento.
Segundo ele, os descontos da indústria, que hoje giram em torno de 8%, tendem a diminuir com a reposição dos estoques em janeiro.
O economista Geraldo Gardenalli, professor da FGV de São Paulo, é outro que aposta na alta da inflação no começo do ano.
"Se os estoques do comércio forem desovados em dezembro, a indústria terá mais força para promover uma nova rodada de reajustes de preços em janeiro."
Para o economista, normalmente os reajustes ocorrem em novembro ou em janeiro. "Em dezembro, o comércio está mais preocupado em atender a clientela."

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