São Paulo, quinta-feira, 17 de novembro de 1994
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Soldados 'incomodam' juiz

DA SUCURSAL DO RIO

A presença maciça de soldados do Exército armados nas juntas apuradoras concentradas no Riocentro, em Jacarepaguá (zona oeste), causou constrangimento a juízes e escrutinadores.
Titular da junta 147, da 13ª Zona Eleitoral (Barra da Tijuca e Jacarepaguá), o juiz Siro Darlan de Oliveira se disse incomodado, em especial, com as armas apontadas pelos soldados.
Com uniformes camuflados, os militares algumas vezes apontavam seus fuzis FAL como se estivessem em posição de ataque.
O juiz não gostou, por exemplo, da atitude de um soldado, na noite de terça-feira, quando chegou ao Riocentro para depositar as urnas que seriam abertas ontem.
"Eu estava descarregando as urnas e tinha um cara com um fuzil apontado para as minhas costas. Achei um exagero, não precisava haver essa ostensividade."
Mas a segurança no Riocentro não foi apenas às claras. Assim como em outros locais, agentes do serviço secreto da PM (Polícia Militar), Polícia Federal e do Exército foram espalhados pelas mesas apuradoras.
Em geral, eles se fingiam de fiscais de partidos. "Tem mais araponga aqui do que fiscal", afirmou o corregedor eleitoral, Paulo César Salomão, ao passar pelo Riocentro.

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