São Paulo, quinta-feira, 17 de novembro de 1994 |
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Tese da curadoria não seduz artistas
DA REPORTAGEM LOCAL Grande parte dos artistas da representação brasileira não se interessa pela "tese" defendida pela curadoria da Bienal de que a arte hoje vive a crise do suporte."Em arte contemporânea você fala mais de uma inteligência do trabalho. O meio é uma consequência dessa inteligência", diz Valeska Soares, que trabalha com instalações. O predomínio de trabalhos que extrapolam o espaço da tela entre os artistas brasileiros selecionados para a Bienal sustenta em parte a "tese" do abandono do suporte, mas não sua novidade. Esse tipo de raciocínio existe pelo menos desde os dadaístas; desde que Marcel Duchamp inventou seus "ready-made", objetos de uso cotidiano deslocados e reapropriados com outros sentidos como objetos artísticos. "As questões de técnica, suporte ou material não são importantes no meu trabalho. Porque para mim o material já é a coisa, a obra", diz Fernanda Gomes. Texto Anterior: Obras esbarram em paradoxos Próximo Texto: Febre da instalação chega a SP Índice |
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