São Paulo, quinta-feira, 17 de novembro de 1994
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FHC vai contemplar até 10 câmaras setoriais

LUCAS FIGUEIREDO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A política industrial do governo Fernando Henrique Cardoso vai contemplar entre oito e dez câmaras setoriais, e não mais 27 conforme o modelo atual.
Os ministérios da Indústria, Comércio e Turismo, Fazenda, além da Receita Federal, iniciaram ontem uma discussão sobre a reestruturação das câmaras setoriais, que será feita ainda no atual governo.
A Folha apurou que devem permanecer as câmaras automotiva, indústria naval, transporte aéreo, indústria da construção, têxtil e confecções, borracha, brinquedos, bens de capital, e tratores, máquinas e implementos agrícolas.
O governo chegou à conclusão de que não tem como gerenciar tantas câmaras a exemplo do que acontece atualmente.
Será dada prioridade aos complexos industriais que necessitem de reestruturação.
É o caso do setor têxtil. Esta área, que gera 1,8 milhão de empregos, vem perdendo competitividade devido ao envelhecimento do parque industrial.
O novo desenho das câmaras vai rever as questões de tributos, investimentos, financiamentos, indicadores e relação com o mercado internacional.
Ainda no atual governo, serão formulados indicadores para monitorar acordos (qualidade, produtividade, nível de emprego etc.) fechados nas câmaras.
Grupo de estudo
O grupo interministerial coordenador de câmaras setoriais volta a se reunir no próximo dia 25 para aprofundar as discussões.
Entre as tarefas do grupo está um minucioso estudo sobre a situação das atuais câmaras.
O calendário traçado pelo grupo já dá sinais de que o próximo governo vai coordenar menos câmaras setoriais.
Os trabalhos deste final de ano vão se restringir às câmaras com prováveis chances de permanecer no próximo governo, com exceção da bens de capital.

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