São Paulo, sábado, 19 de novembro de 1994
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Categoria ameaça iniciar greve

DA SUCURSAL DO RIO E DA AGÊNCIA FOLHA

Os petroleiros poderão deflagrar nova greve na segunda-feira, com a possibilidade de dificultar a distribuição de derivados de petróleo, afirmou Carlos Alberto Spis, coordenador da FUP (Federação Única dos Petroleiros).
" Há possibilidade de radicalizar mais do que na outra greve", disse Spis.
"Esta festa não vai ter", disse Spis, apontando da janela para um engarrafamento de trânsito na avenida Passos, centro do Rio.
O sindicalista disse que segunda-feira, às 10h30, a FUP se reúne em Brasília com o ministro das Minas e Energia, Delcídio Gomez, e com o ministro do Trabalho, Marcelo Pimentel.
Spis afirmou que pretende ouvir uma "palavra oficial" do governo. Se qualquer cláusula do acordo foi quebrada, a categoria vai para a greve, disse.
Spis prevê uma reunião rápida. Segundo ele, se houver a proposta de retirada de pontos do acordo "a gente levanta e vai embora".
Já na segunda-feira, antes mesmo da reunião, começa o movimento. Nas bases marítimas e de trabalho confinado está previsto o corte de informações de pesquisa e prospecção pelo rádio.
Existem no país 50 mil petroleiros divididos em 20 sindicatos, dos quais 17 filiados à CUT.
Na Bahia, 9.000 petroleiros estão em "estado de alerta" até segunda-feira.
O sindicato dos petroleiros da Baixada Santista manterá a categoria mobilizada para uma possível greve a partir de segunda-feira.
Os funcionários da Revap (Refinaria do Vale do Paraíba) decidiram entrar em estado de greve. Cerca de 300 petroleiros participaram da assembléia ontem. A Revap tem 917 funcionários.

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