São Paulo, sábado, 19 de novembro de 1994 |
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BC não vai intervir no câmbio, diz Ciro
ANTÔNIO CARLOS SEIDL
Em carta, datada de 25 de outubro, a Mario Amato, presidente em exercício da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Ciro reafirma a continuidade da atual política cambial. O documento, obtido com exclusividade pela Folha , é uma resposta ao texto "A Política Cambial e o Plano Real: a necessidade de mudanças" da CNI. A CNI pede a "imprescindível" correção na política cambial com a intervenção do Banco Central para reduzir a valorização do real. Segundo a CNI, bancos centrais "dificilmente deixam de intervir quando ocorrem valorizações ou desvalorizações de 10% ou 15% em prazo de dois meses". Na sua resposta, Ciro não cede. Se diz atento às questões assinaladas no documento e afirma que as medidas adotadas em relação ao câmbio devem contribuir para o aumento da demanda por dólares, "fazendo a taxa de câmbio aproximar-se daquele patamar desejado pelo setor exportador". Prossegue Ciro: "Trata-se de situação passageira, que mesmo assim não tem impedido um bom desempenho da nossas exportações". Após lembrar que governo já adotou providências para proteger o produtor nacional em casos de dumping e desonerou as exportações de alguns impostos federais, Ciro acenou com uma medida pleiteada pelos exportadores. Segundo o texto, o governo está pronto a encaminhar a questão da diminuição da carga do ICMS sobre as exportações. O governo também se diz atento à questão da melhoria da infra-estrutura de transportes e à desoneração dos serviços portuários. Texto Anterior: Rendimento da poupança terá diferença entre bancos Próximo Texto: Dólar divide governo e empresários Índice |
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