São Paulo, domingo, 20 de novembro de 1994 |
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Empresas viabilizam trabalho em casa
DENISE CHRISPIM MARIN
Nos últimos anos, as organizações vêm refazendo os cálculos da relação custo-benefício de abrigar todos os funcionários durante toda a jornada em suas instalações. Os resultados mostram vantagens na adoção de uma alternativa que permita ao profissional trabalhar fora da empresa –muitas vezes na própria casa. O benefício mais visível para o funcionário é o melhor aproveitamento do tempo. Horas perdidas em congestionamentos ou salas de espera podem ser melhor aproveitadas por quem tem um notebook (computador portátil). A diminuição de procedimentos burocráticos também pode ser notada. Memorandos, por exemplo, são substituídos por mensagens via computador. A produtividade, portanto, tende a aumentar. Para a empresa, a principal vantagem está na redução de gastos com infra-estrutura. Quanto menos funcionários, menor a necessidade de salas e de secretárias. "Conseguimos reduzir dois terços de nossos custos com infra-estrutura", afirma Carlos Pougy, 54, diretor de marketing da Andersen Consulting. A consultoria mudou-se há um mês para um novo prédio, em São Paulo, segundo as especificações de um programa de organização interna, o "Just in Time Office". Em vez de instalar salas para cada um de seus 68 gerentes, a Andersen Consulting montou apenas 20, ocupadas em rodízio segundo a necessidade dos profissionais. No restante do tempo, eles trabalham junto a clientes ou em casa. Equipados com notebooks, os gerentes têm acesso aos arquivos da empresa. Segundo Robert Wong, 46, diretor-geral da Korn/Ferry International, essa tendência começou nos EUA, nos anos 70, com a flexibilização da jornada de trabalho. Próximo Texto: Funcionário amplia sua carteira de clientes Índice |
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