São Paulo, domingo, 20 de novembro de 1994
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Para consultores, sistema exige cuidados

DA REPORTAGEM LOCAL

A venda de franquias pelo sistema de cooperativas é considerada arriscada por alguns consultores.
Philippe Wyffels, vice-presidente da ABF (Associação Brasileira de Franchising), diz que ainda é cedo para comprovar a segurança do negócio.
"Durante dois anos, em uma franquia, você tem uma bola de neve positiva até que apareçam os primeiros problemas", diz.
Um dos defeitos apontados por Wyffels se refere aos gastos futuros. "E se a rede decidir fazer um grande investimento em propaganda, por exemplo? Num consórcio quem decide é o operador. Os outros investidores vão concordar?"
Marcelo Cherto, 40, diretor da consultoria Cherto & Rizzo Franchising, diz que os consórcios são uma solução criativa, mas acha que podem surgir problemas entre os sócios.
"Quando o negócio começar a crescer, o sócio-operador dirá aos outros que ele é o responsável pelo bom desempenho", diz. Para ele, a franquia é uma atividade que só funciona quando o "dono fica com a barriga no balcão".
Roberto Assef, 34, participa como investidor em oito negócios que funcionam pelo sistema de cooperativa, entre casas das redes Micheluccio, Pastel & Amor, Mister Sheik e Kilo Chic.
Assef aponta três motivos para sua opção de comprar quotas de várias empresas: "O risco de abrir um negócio sozinho é maior. É mais fácil vender 10% de uma casa que não está bem do que 100% e, além disso, teria que ser o operador da franquia e não tenho essa intenção", diz.
O Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo) estuda a possibilidade de montar grupos de consorciados para participar de franquias.

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