São Paulo, segunda-feira, 21 de novembro de 1994
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Nervosismo provoca 'síndrome da última olhada'

DA REPORTAGEM LOCAL

O primeiro dia da primeira fase da Fuvest foi marcado pelo nervosismo dos candidatos. A maioria não resistia a uma última olhada em anotações, livros e resumos.
"Hoje estou um pouco melhor, ontem estava muito nervosa. Vou esperar um pouco para entrar na sala. Aqui fora a gente se distrai, lá dentro é pior", conta Leila Jerônimo, que prestava exame para fisioterapia na USTJ (Universidade São Judas Tadeu), na Moóca, zona leste de São Paulo.
Lara Cristine Gavioli, 19, vestibulanda de direito achou muito cedo a data das provas. "Ainda estou em prova no terceiro colegial. É difícil de consiliar. A minha carreira tem muitos concorrentes, mas me garanto."
O casal de namorados Tatiana Mayumi Nakabayashi, 17, e André Iervolino, 17, presta vestibular juntos. Ela para direito, ele para administração. "Caímos juntos por acaso", afirmam.
André é fumante e não se incomoda em não haver salas para os fumantes. "A gente esquece o cigarro, agora é só prova", conta.
Eliana Cláudia Rodrigues, 22, vestibulanda de farmácia estava na espectativa. "O curso é muito concorrido. Estudei mais ou menos. Já estou com frio na barriga de subir a rampa", diz.
Não só os candidatos ficam nervosos na hora da prova. Os pais sofrem também. Luigina e Pasquale Corsetti, pais de Alessandra Corsetti, 17, vestibulanda de medicina. Também estavam ansiosos.
"Fico desesperada de ver a aflição dela. Vou esperar aqui fora o tempo todo, prometi para minha filha", conta a mãe. "Não exijo nada da Alessandra, mas ela sempre quer tirar nota alta", diz o pai.
A maioria dos vestibulandos não resiste e dá aquela última olhadinha antes da prova. "Estou dando uma revisada em literatura e nos resumos dos livros", afirma Márcia Nogueira Ceresini, 24, candidata a jornalismo na USP.

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