São Paulo, terça-feira, 22 de novembro de 1994
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Justiça Eleitoral pede a empreiteira explicações sobre doação ao PSDB

CARLOS MAGNO DE NARDI
DA REPORTAGEM LOCAL

O corregedor-eleitoral de São Paulo, Márcio Bonilha, notificou ontem a empreiteira OAS para que esclareça as doações financeiras para a campanha de Mário Covas, governador eleito do Estado pela coligação PSDB-PFL.
Bonilha suspeita que a empresa tenha feito contribuições acima do valor estabelecido por lei. Na notificação, o corregedor pede que a OAS informe qual foi sua receita operacional bruta em 93.
A legislação eleitoral para o pleito de 94 estabelece como teto para contribuições 2% da receita.
Segundo a lei, esse percentual poderá ser maior, desde que as contribuições não sejam superiores a 300.000 Ufirs (R$ 192.840,00, em valores atuais). A empreiteira doou 724.000 Ufirs (R$ 465.387,20) à campanha tucana.
Na prestação de contas apresentada à Justiça, Covas afirma que sua campanha teve uma receita de R$ 6.225.327,15 e despesas de R$ 5.985.094,09.
A diretoria da OAS informou, através de sua assessoria de imprensa, que todas as contribuições foram feitas dentro da lei e que irá se pronunciar sobre o pedido do corregedor assim que receber a notificação. A empresa tem um prazo de cinco dias para apresentar suas explicações à Justiça.
O maior gasto do candidato tucano durante a campanha, segundo sua declaração à Justiça, foi a produção do horário eleitoral gratuito –R$ 986.000,00. Covas gastou ainda R$ 240.000,00 com viagens e R$ 231.000,00 com comícios. O restante das despesas declaradas à Justiça aparecem como gastos operacionais.

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