São Paulo, sábado, 26 de novembro de 1994 |
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Estatal perde US$ 40 milhões
FRANCISCO SANTOS
Rennó disse que a greve representou para a Petrobrás um prejuízo diário de aproximadamente US$ 10 milhões em quatro dias, ou US$ 40 milhões no total. Rennó afirmou que irá descontar os dias parados da greve encerrada ontem já no próximo pagamento. As negociações entre Petrobrás e petroleiros devem recomeçar na próxima terça-feira. Segundo a direção da Petrobrás, ainda ontem a produção retornou a 70% do normal e a partir de 6h de hoje retomará a plena capacidade, em torno de 720 mil barris/dia. O refino de petróleo (cerca de 1,4 milhão de barris/dia) deverá ser normalizado ao longo da semana. Ontem chegou a faltar gás de cozinha nos bairros cariocas da Barra da Tijuca (zona sul) e Jacarepaguá (zona oeste), abastecidos com gás natural canalizado. Rennó fez críticas veladas à intervenção dos ministros do Trabalho, Marcelo Pimentel, e das Minas e Energia, Delcídio Gomez, nas negociações com petroleiros. Sem se referir aos ministros, ele afirmou que "quando a Petrobrás recebeu instrução para negociar, negociou". A volta da Petrobrás às negociações foi determinada pelo presidente Itamar Franco. Vicentinho O presidente da CUT, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, chegou à Petrobrás às 16h20, quando o acordo já estava negociado. Segundo Geraldo Pinto, diretor da FUP, a reunião de Vicentinho com Rennó foi decisiva para que a empresa voltasse a negociar. Vicentinho disse que é necessário resgatar a "credibilidade" entre as partes que negociam acordos coletivos, para evitar o desgaste das idas e vindas do acordo dos petroleiros. Texto Anterior: Acordo provisório põe fim à greve de petroleiros Próximo Texto: CUT quer menor preço da gasolina Índice |
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