São Paulo, quinta-feira, 1 de dezembro de 1994 |
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Trama se baseia no espiritismo
DA REDAÇÃO "A Viagem", novela de Ivani Ribeiro e Solange de Castro Neves, exibida pela Globo este ano é um remake da versão que foi ao ar em 1975 pela Rede Tupi. A trama aborda o tema da reencarnação.Chegou a 58 pontos de audiência na Grande São Paulo, que corresponde a 2,3 milhões de domicílios. A novela enfoca a morte na ótica espiritualista e mostra a "vida" de três personagens no além –Alexandre (Guilherme Fontes), Diná (Cristiane Torloni) e Otávio (Antonio Fagundes). Alexandre é um filho desajustado de uma família de classe média alta. Ao tentar roubar o cofre de uma empresa, ele acaba matando o tesoureiro. O irmão mais velho de Alexandre, Raul (Miguel Falabella), o entrega à polícia. Sua irmã, Diná, tenta defendê-lo. Alexandre se mata na prisão. A partir daí, seu espírito passa a perturbar os vivos, tentando vingar-se das pessoas que se recusaram a ajudá-lo. Quando Diná e Otávio morrem, a trama passa a acontecer em dois planos: na Terra e no "além". Os mortos vivem em uma espécie de inferno –o "vale dos suicidas" (Alexandre)– ou no paraíso, chamado de "nosso lar" (Otávio e Diná). No decorrer da novela, o casal tenta fazer com que Alexandre se arrependa de seus atos e tenta neutralizar sua má influência sobre os vivos. "A Viagem" foi elogiada em 75 por seguidores do espiritismo, que a consideravam uma descrição "fiel" da vida após a morte. No remake, a "fidelidade" não foi mantida. Os espíritas disseram que a novela era fantasiosa, mas elogiaram a iniciativa, pois era uma forma de divulgar a doutrina. O espiritismo se baseia na crença da sobrevivência da alma e da existência de comunicação, por meio de mediunidade, entre vivos e mortos, entre os espíritos encarnados e desencarnados. Texto Anterior: Portugal acusa novela por suicídio Próximo Texto: Novela é inocente, diz escritora Índice |
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