São Paulo, sexta-feira, 2 de dezembro de 1994
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BB tem prejuízo de R$ 34,5 mi após real

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

As regras especiais criadas pelo governo para o cálculo do balanço do Banco do Brasil não foram suficientes para eliminar o prejuízo da instituição, que ontem divulgou prejuízo de R$ 34,533 milhões no primeiro trimestre pós-real.
O prejuízo seria maior –mais R$ 1,567 bilhão– se o CMN (Conselho Monetário Nacional) não tivesse permitido anteontem que o BB expurgasse do balancete as perdas com a queda do dólar. O banco tem créditos de US$ 5 bilhões no exterior.
A Folha noticiou em setembro que o prejuízo do BB nos dois primeiros meses após o real (julho e agosto) somava R$ 500 milhões pelas regras normais de balanço.
Na época, o presidente do BB, Alcir Calliari, contestou a reportagem, que atribuía o prejuízo à perda do lucro inflacionário e ao descumprimento do cronograma de ajustes para redução da inadimplência e fechamento de agências.
Em nota oficial ontem, o BB disse que o resultado do trimestre foi influenciado, "principalmente", pela inadimplência dos devedores e pelos reflexos do novo cenário de inflação baixa.
O impacto da inadimplência sobre o balanço foi de R$ 306,869 milhões –os pagamentos em atraso são contabilizados como negativos. O balancete foi enviado ontem à CVM para divulgação ao mercado de ações.

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