São Paulo, sexta-feira, 2 de dezembro de 1994 |
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Alencar quer renovar convênio
FERNANDO MOLICA
Alencar tem dito que obteve do presidente eleito, Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a garantia de que o convênio, válido até 30 de dezembro, será renovado. Alencar também conversou sobre o assunto com o ministro do Exército, Zenildo Lucena, favorável à devolução da área de segurança ao governo do Estado. Anteontem, ao falar na Câmara dos Deputados, o comandante da Operação Rio, general Roberto Câmara Senna, dissera que o Exército queria devolver a responsabilidade sobre a segurança no Rio em um "curtíssimo prazo". Ele, Lucena e outros comandantes militares temem que a continuidade das operações acabe desgastando a imagem do Exército –abalada, nos últimos dias, com acusações de tortura contra moradores de morros cariocas. Em entrevista à Folha publicada no último domingo, o ministro citou a retirada do Exército como um dos fatores que impediriam este desgaste ("não vamos permanecer nisto", disse). A proposta feita por Alencar inclui a renovação do convênio e a elaboração de um calendário que preveja uma saída gradual do Exército que, aos poucos, iria repassando tarefas ao Estado. Esta solução permitiria que o novo governo tivesse tempo para assumir o controle da segurança. Um dos principais argumentos de Alencar é que a escolha de um general para a Secretaria de Segurança –Euclimar Lima da Silva– facilitará esta transição. O governador eleito decidiu reunificar as secretarias da área de segurança –Polícia Militar, Polícia Civil e Defesa Civil–, desmembradas em 1983, no primeiro governo Leonel Brizola (PDT). Para o comando da PM, cargo que voltará a ser subordinado ao secretário de Segurança, Alencar deverá indicar o coronel Paulo Roberto Aguiar Portela. Oficial da reserva da PM, ele foi um dos coordenadores do programa de segurança de Alencar. Texto Anterior: Polícia liberta seis reféns em Quintino Próximo Texto: Cardeal diz que ação 'melhorou' o Rio Índice |
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